quinta-feira, 30 de agosto de 2007

domingo, 19 de agosto de 2007

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Diário de um cão

O Diário de um Cão 1ª semana Hoje faz uma semana que nasci. Que alegria ter chegado a esse mundo!!!
1 mês Minha mamãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar.
2 meses Hoje me separaram de mamãe. Ela estava muito inquieta e com seus olhos me disse adeus como esperando que minha nova "família humana" cuidasse bem de mim, como ela havia feito.
4 meses Cresci muito rápido, tudo chama a minha atenção. Há várias crianças na casa que são como meus "irmãozinhos". Somos muito levados, eles me jogam uma bola e eu os mordo jogando. 5 meses Hoje me castigaram, minha dona se zangou porque fiz "pipi" dentro da casa...mas nunca me disseram onde eu deveria fazer. E como eu durmo lá dentro eu não me agüentei!!!
6 meses Sou um cão feliz. Tenho o calor de um lar, sinto-me seguro e protegido...Creio que minha família humana me ama muito. Quando estão comendo me convidam, o pátio é somente para mim e eu estou sempre cavando, como os meus antepassados lobos, quando escondiam a comida. Nunca me educam, seguramente porque nada faço de errado.
12 meses Hoje completei um ano. Sou um cão adulto e meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulhosos devem estar de mim!!!
13 meses Como me senti mal hoje. Meu "irmãozinho" tirou a minha bola. Como nunca pego seus brinquedos fui atrás dele e o mordi. Mas como meus dentes estão muito fortes, machuquei-o sem querer. Depois do susto me prenderam e quase não posso me mover para tomar um pouco de sol. Dizem que sou ingrato e que vão me deixar em observação (certamente não me vacinaram). Não entendo nada do que está acontecendo.
15 meses Tudo mudou. Vivo preso no pátio, numa corrente. Me sinto muito só. Minha família já não me quer. Às vezes esquecem que tenho fome e sede e quando chove não tenho teto que me cubra.
16 meses Hoje me tiraram da corrente. Pensei que tinham me perdoado e fiquei tão contente que dava saltos de alegria e meu rabo balançava. Parece que vou passear com eles. Subimos no carro e andamos um grande trecho quando pararam. Abriram a porta e eu desci correndo, feliz, crendo que era dia de passeio no campo. Não entendo porque fecharam a porta e se foram. "Esperem"!!! - lati..."esqueceram de mim...!!!". Corri atrás do carro com todas as minhas forças. Minha angústia aumentou ao perceber que o carro se afastava e eles não paravam. Tinham me abandonado.
17 meses Procurei, em vão, achar o caminho de volta à casa. Sentei-me no caminho, estou perdido e algumas pessoas de bom coração que me olham com tristeza e me dão algo de comer. Eu agradeço com um olhar do fundo de minha alma. Quisera que me adotassem, eu seria leal como ninguém. Porém eles apenas dizem: "- pobre cãozinho, deve estar perdido".
18 meses Outro dia passei por uma escola e vi muitas crianças e jovens como meus "irmãozinhos". Cheguei perto e um grupo deles, dando risadas, atirou-me uma chuva de pedras "para ver quem tinha melhor pontaria". Uma dessas pedras atingiu um dos meus olhos e desde então não enxergo com ele.
19 meses Parece mentira mas quando eu estava mais bonito as pessoas se compadeciam mais comigo. Agora que estou muito fraco, com um aspecto bem mudado pois perdi meu olho, as pessoas me tratam a pontapés quando pretendo deitar-me à sombra.
20 meses Quase não posso me mover. Hoje, ao atravessar a rua por onde passam os carros, um deles me atropelou. Pelo que sei, estava num lugar seguro chamado "sarjeta", mas nunca vou me esquecer do olhar de satisfação do motorista. Antes tivesse me matado, porém só me deslocou a cadeira. A dor é terrível, minhas patas traseiras não me respondem e com dificuldade me arrastei até uma moita fora da estrada. Já fazem 10 dias que estou em baixo de sol, chuva e frio, sem comer. Não posso me mover, a dor é insuportável. Sinto-me muito mal, estou num lugar úmido e parece que meu pêlo está caindo. Algumas pessoas passam e não me vêem. Outras dizem: "- não se aproxime". Já estou quase inconsciente, porém uma força estranha me fez abrir os olhos. A doçura de sua voz me fez reagir. "Pobre cãozinho, veja como te deixaram"- dizia. Junto a ela estava um senhor de roupa branca que começou a tocar-me e disse: "- Sinto muito senhora, mas esse cão já não tem remédio, o melhor é que deixe de sofrer". A gentil dama consentiu, com os olhos cheios de lágrimas. Como pude, mexi o rabo e olhei para ela agradecendo por me ajudar a descansar. Senti somente a picada da injeção e dormi para sempre, pensando em porque nasci, se ninguém me queria
Os animais não podem falar nem escrever . Precisam que voçê o faça por eles !

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Multas para cães perigosos sobem 30%

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KÁTIA CATULOAP (imagem)

A nova legislação sobre cães considerados potencialmente perigosos vai ficar mais apertada. A proposta de lei que será aprovada amanhã no Parlamento prevê que os proprietários de animais ditos ameaçadores sejam punidos tanto em casos de dolo como de negligência. Esta é apenas umas das alterações incluída na proposta conjunta do PS e do CDS/PP que será hoje discutida na Comissão de Assuntos Constitucionais."Até agora, a legislação só punia o dono no caso deste incitar o animal a atacar. A nossa proposta prevê que as contra-ordenações possam ser também aplicadas sempre que fique provado que o descuido dos proprietários esteve na origem da agressão", explica o deputado centrista Nuno Magalhães.A fiscalização, por seu turno, contará com novos aliados: além dos agentes da PSP também os técnicos da DGV poderão sancionar os infractores. E as coimas sofrerão um agravamento de 30% no caso de o dono do animal ser reincidente. Quem for apanhado pela segunda vez a circular com os animais sem trela, açaime ou identificação electrónica arrisca-se a uma sansão que poderá ir até 4990 euros no caso de pessoas singulares e cinco mil euros quando se trata de pessoas colectivas.As limitações não ficam por aqui. Tanto os proprietários como os criadores terão de sujeitar-se a exames de aptidão física e psíquica, que comprovem a sua capacidade para cuidar de um animal considerado perigoso. Por outro lado, a comercialização e publicidade destes animais ficará mais restrita. A venda dos cães só será possível se o animal tiver identificação electrónica e o seu vendedor informar o cliente sobre todas as características do animal. A criação e reprodução destes animais obedecerá também a novas regras: "Os criadores só poderão exercer a sua actividade mediante uma licença emitida pela Direcção-Geral de Veterinária (DGV), que obriga a indicar a espécie, a raça ou o cruzamento de raças, o número de animais vendidos, bem como o respectivo historial e a referência que permite a identificação electrónica do animal", esclarece, Rosa Albernaz, a deputada socialista que também elaborou este projecto.A publicidade nos classificados dos jornais passará a ser "totalmente proibida", adverte Albernaz. A alteração partiu de uma recomendação da Liga Portuguesa dos Animais que pretende evitar a venda clandestina destes animais: "Geralmente, os anúncios colocados na imprensa destinam-se a cruzamento de raças com intuito de tornar o cão perigoso."

As lutas de cães implicam sofrimento.

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http://www.youtube.com/watch?v=IgK7K-NzWRQ


"Os animais lutam desde o tempo dos reis. Antes ainda era mais ou menos compreensível pois não se tinha a mentalidade de hoje. Mas nós no século XXI ainda fazemos os animais sofrer com a mentalidade que temos? É incompreensível. O que eu penso é que as pessoas que fazem os animais lutar são uns autênticos anormais, pois não devem saber que fazem os mesmos sofrer.



O Pit Bull é a raça mais usada nessas lutas clandestinas por causa da força. Esta raça aumenta no Verão porque é nessa época que eles são mais usados em lutas. Com a presença dos imigrantes portugueses no espectáculo que às vezes só acabam quando os lutadores morrem ou desistem. Essas lutas são feitas em campos de futebol, em espaços fechados - em garagens abandonadas são feitas essas lutas com muitas raças de cães que são realizadas em qualquer país mas nomeadamente em Amadora. As apostas são: 500 euros no Inverno e 2500 euros no Verão. Há pessoas que roubam cães para este tipo de lutas.
Os cães são ensinados a lutar, ferrar, etc.…Os cães que são usados para lutas e quando usados precisam de um mês para recuperarem as suas forças. Força, agilidade e rapidez são as destrezas fundamentais que um cão precisa para fazer um bom combate. Às vezes um golpe pode ser mortal, esse cão tem que ser rapidamente assistido por um veterinário.






São proibidas a violência injustificada, tais como os actos de infligir a morte, o sofrimento cruel e prolongado ou grave dos animais.
Utilizar animais em treinos de experiências ou divertimento consiste em confronto dos animais uns contra os outros
Esta prática clandestina, com apostas, prolifera em todo o País, e processa-se em bairros perigosos, onde a própria policia tem receio de actuar. Estes animais treinados tentaram mesmo atacar as forças da polícia e da ordem
De referir que estes animais treinam sobre outros animais de estimação, para com eles poderem praticar o combate. Só no prazo de dois meses desapareceram em Sintra mais de duas dezenas de animais de companhia, alguns deles apareceram com graves feridas de maxilares. São cada vez mais as queixas que chegam às Associações e até à policia Judiciária.
Se gostas de animais sê contra esta prática cruel que enquanto seres civilizados a todos nos envergonha.







Neste blog vê-se das maiores crueldades que se podem fazer a estes animais.

Atenção que contem imagens muito chocantes


Edgar Loreti diz:


A minha opinião acerca deste assunto é de que meter cães em lutas é um desrespeito enrorme para um animal que foi apelidado de "melhor amigo do homem".


Um acto cruel e desumano em que o homem mostra uma vez mais que é um ser sem principios e que utiliza todos os meios para se afirmar, mesmo que para isso tenha que passar por cima de tudo e todos.


Fala-se que as lutas só são praticadas por pessoas de classe baixa e de bairros problematicos, mas a verdade é que os meninos ricos e gente de bem e com muito dinheiro tambem as praticam.

Está na hora de quem manda fazer alguma coisa a este nivel.

terça-feira, 3 de julho de 2007

A cadela altruísta


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Renato Sabbatini
Recentemente a mídia fez um enorme estardalhaço em torno de uma cadela que salvou uma criança de um ataque de cães pitbull, envolvendo-se na briga e desviando a atenção dos atacantes. Na confusão, ficou ferida e ao mesmo tempo virou celebridade nacional. Até mesmo quando teve que ser operada, dias depois, a tevê deu-lhe mais atenção do que à queda do dólar, por exemplo.
As pessoas se emocionaram, gastaram-se rios de tinta louvando e discutindo a "valentia" e as motivações da cadelinha. Seu "gesto" de altruísmo foi discutido à náusea, em um país que, atolado em corrupções e desgraças urbanas e no espectro da ruina econômica, precisa desesperadamente de exemplos de bom caráter e de otimismo. Pena que tenha vindo de um animal assim chamado irracional…
Eu mesmo acabei me envolvendo no argumento. Ao dar uma entrevista em um programa de notícias do canal regional de tevê sobre o tema das emoções dos animais, as linhas telefônicas da transmissora ficaram assoberbadas com as perguntas de dezenas de leitores curiosos, 99% dos quais eram donos de cães, que, sem dúvida, são os animais mais próximos do homem, e que mais inspiram a impressão de que eles têm emoções e sentimentos iguais aos nossos. A isso os cientistas dão o complicado nome de "antropomorfização". Entre perguntas do tipo "meu cão morde muito o rabo, será que ele está estressado?", ou "desde que me filhinha nasceu ele ficou muito agressivo comigo, será que está com ciúmes?", evidentemente vieram várias sobre a cadela altruísta.
Infelizmente, acho que decepcionei os bons sentimentos de muitos com minha resposta. Não existem evidências de que um cão seja capaz de altruísmo, apesar dos milhares de filmes do Rin-Tin-Tin e do depoimento de muitos donos de cães que foram defendidos por eles em situações perigosas. Pelo menos não do altruísmo humano como o conhecemos, ou seja, do auto-sacrificio em favor de outro ser humano. Em sociobiologia, que é a ciência que estuda as bases biológicas do comportamento social, o termo altruísmo é usado em outro contexto, menos emocional. É apenas o rótulo que se dá a um tipo de comportamento social muito comum em todo o reino animal. As formigas e as abelhas, por exemplo, têm diversos comportamentos em que membros da espécie se matam para defender o grupo social ou um de seus integrantes, como a rainha. Pouca gente acha que formigas tenham emoções semelhantes às humanas…
Em todos os outros animais sociais, dos peixes e aves aos vertebrados superiores, a seleção natural desenvolveu algum tipo de comportamento de auto-sacrifício ou de defesa por outros membros da mesma espécie. Isso faz sentido do ponto de vista genético: se eu defendo contra a morte os outros membros da minha espécie, eu estou ajudando a preservar os genes que tenho em comum com eles, e portanto, em última análise, a sobrevivência da espécie a longo prazo. O comportamento de defesa da mãe em relação à sua prole é um dos mais evidentes, estando a literatura cheia de exemplos "emocionantes" de fatos desse tipo (aliás, notem que a cadelinha altruísta do Rio de Janeiro tinha parido recentemente e estava amamentando os filhotes quando se deu o fato. Portanto, é provável que ela estivesse agindo em defesa deles, e não da criança que foi atacada. Coincidências como essa costumam ser interpretadas pelos seres humanos de uma forma aparentemente irreal…)
Mas existem muitos casos inegáveis de defesa do dono por um cão. Várias raças de cães foram selecionadas para esse fim específico, inclusive (os cães pastores, por exemplo). Que os cães têm emoções muito semelhantes às nossas também é coisa conhecida de todo mundo: quem tem um cachorro sabe muito bem disso, e é capaz de jurar que eles "sentem" raiva, dor, medo, alegria, amor, ciúmes, culpa, arrependimento, etc. Minha prima, por exemplo, tem um vivaz poodle que parece dar risada quando ela pede, apesar desta expressão facial (e sua emoção acompanhante) reconhecidamente não fazerem parte do repertório emocional do Canis familiaris.
Os cientistas já são mais céticos. O que pode parecer um sentimento humano na superfície, por sua similaridade, pode ter outras explicações biológicas. O gesto de abanar o rabo, por exemplo, que muita gente interpreta como sinal de alegria do cão ao ver o dono, é simplesmente um ato instintivo que tem como objetivo espalhar no ar o cheiro característico de um animal para que seus companheiros o reconheçam como membro da matilha (ferormônio social), produzido por uma glândula situada na base da cauda do cão!
O cão doméstico se originou historicamente dos lobos, que são, como todos os canídeos, animais extremamente sociais, que caçam e vivem em grupo, em uma complexa teia de relações e comportamentos. Portanto, herdou de seus antepassados todos esses comportamentos, alguns dos quais são típicos de um animal subordinado ao líder da matilha. O austríaco Konrad Lorenz, um etologista (estudioso do comportamento animal) e ganhador do prêmio Nobel, escreveu um livro interessantíssimo, intitulado "Und So Kam der Mensch Auf Der Hund" ("E Assim o Homem Encontrou o Cão"), em que ele apresenta a tese de que o cão, ao ser domesticado, adotou o ser humano como o seu líder de matilha. Dai decorre o fato dele dirigir ao seu dono numerosos comportamentos característicos desse relacionamento, como virar de barriga para cima "pedindo cafuné" (é um gesto de submissão entre os lobos, que consiste em expor a parte inferior do corpo e a garganta para o dominante, com o intuito de inibir possíveis agressões), abaixar o focinho e esticar as pernas dianteiras, como que "prestando obediência" (outro gesto de submissão, feito no início de uma caçada), e vários outros. O próprio comportamento de defesa do dono pode ser interpretado à essa luz, e não à de um possível altruísmo, pois é uma coisa muito comum na Natureza em todos os animais sociais a defesa do grupo contra inimigos externos, particularmente contra outras espécies predadoras e intrusos no ambiente social.
Portanto, precisamos ser muito cuidadosos ao atribuir sentimentos e emoções humanas aos animais. Podemos estar enganados e ficar discutindo e louvando coisas que não são bem aquilo o que aparentam. A ciência aceita que os animais tenham emoções, pois seria um absurdo que nós, que somos relacionados geneticamente a uma ampla árvore evolutiva de animais, sejamos os únicos a tê-los. Mas uma coisa é o comportamento emocional, como o dos cães, e outra é o sentimento dessas mesmas emoções. Nós nunca saberemos se o que eles sentem é igual ou parecido ao que sentimos, pois não temos como perguntar isso a eles. Aliás, não sabemos ao certo nem se uma outra pessoa sente a mesma emoção que sentimos, apesar de nossa capacidade de introspeção (exame de nossa própria psique) e capacidade de comunicação abstrata!
Para quem quiser ler mais sobre o assunto, o autor Jeffrey Masson, um ex-psicanalista americano, escreveu um best-seller, "Quando os Elefantes Choram", e que foi traduzido recentemente pela Geração Editorial (eu participei como consultor especialista na revisão da tradução do livro). Nele, Masson postula de forma bastante forçada que as emoções, tanto expressas quanto sentidas, existem em todo o reino animal, e que isso poderia ser a base de um novo "humanismo" e respeito aos direitos animais. Ele força muito a barra em seus argumentos, tendo sido atacado pelos etologistas por isso, mas não deixa de ser interessante, principalmente pelos coloridos e emocionantes exemplos que cita.


Publicado em: Jornal Correio Popular, Campinas, 19/03/1999.
Autor: Email: sabbatin@nib.unicamp.br


Jornal: Email: cpopular@cpopular.com.br

WWW: http://www.cosmo.com.br/
Copyright © 1999 Correio Popular, Campinas, Brazil

O que um cachorro precisa para ser feliz?

Muita gente pensa que para um cachorro ser feliz basta dar água, comida e um pouco de carinho. No entanto é um pouco mais do que isto!
No início parecia fácil desenvolver este texto. Só seria necessário observar alguns clientes, cães de vizinhos, etc.. Depois estudar um pouco, trocar idéias com o Bud (meu border-lata) e passar para o papel. Ou melhor, para a tela do computador.
Casa, comida e roupa lavada? Definitivamente não. Isso só funciona na televisão e nos filmes. Ah, e para humanos, não animais. Se não fosse exagero, até diria que para eles é o contrário. Bem, nem tanto ao céu, nem à terra. O que eu quis dizer é que já vi muito "cachorro de madame" com uma casa maravilhosa, ração de qualidade, espaço e tudo o mais que, teoricamente, o cão precisaria para se contentar, e este cão parecer muito insatisfeito, é considerado apenas mais um enfeite de luxo na casa. Ao passo que dificilmente vemos um cachorro de um catador de papéis, ou mesmo morador de rua, triste. Eles andam sempre com seus donos, perambulando e com a cauda alta e feliz.
Ao perceber isso meu pensamento se transformou numa sucessão de perguntas, mas considerei a mais importante "o que NÓS precisamos para ser feliz?" Cada um de nós é um ser diferente, com necessidades diferentes. Algo que me deixa muito feliz pode ser totalmente indiferente para outra pessoa. Com os cães é quase a mesma coisa, mas sem dúvida, a única coisa que é igual em termos de felicidade para um cão é ter companhia. Ou seja, alguns gostam mais de petiscos, outros de brinquedos, outros de palmas, mas o que todos gostam com certeza é companhia. Claro que isso só não basta.
Resolvi colocar palavras importantes para o cão, para tentarmos colocar essas palavras na prática e não apenas na teoria. São necessidades, na sua maioria DIÁRIAS, do seu peludo.
CHEIROS – O cachorro se utiliza deste artifício para conhecer tudo que o envolve e ao ambiente. Enquanto o ser humano tem cerca de 5 milhões de células olfativas, o cachorro possui 220 milhões de “receptores de cheiro” (“The Dog’s Mind” de Bruce Fogle - pág. 35). Através do cheiro que o cachorro deixa pelo caminho no xixi, o próximo peludo que por lá passar vai saber todas as características do anterior, como idade, sexo, tamanho. Digamos que o cheiro é algo como o RG do animal. Por isso, donos e donas conscientes, não se envergonhem quando seus cachorros se encontrarem pela rua e um começar a cheirar o bumbum do outro. Nada de puxar a guia dando bronca, eles estão apenas se conhecendo, pois nesse lugar existe uma glândula que os apresenta pelo cheiro. Esta cheirada deles seria considerada o nosso aperto de mãos.
CAMINHADAS – Também conhecidas por passeios, é essencial para a socialização, saúde e tudo mais de positivo que seu cachorro possa precisar. De preferência técnica utilizada com alguns acessórios como coleira, guia e saquinho de catar cocô. Os passeios diários com seu animal podem se transformar numa incrível fonte de prazer, pois através desses passeios você conhece melhor seus vizinhos, acaba conhecendo gente interessante na rua, faz amizades mais facilmente, talvez até arranje um namorado novo – que gosta de cachorro - e assim por diante. Eu costumo dizer que o melhor disso tudo é que a preguiça ficou mais de lado. Agora eu faço o que tiver que fazer num raio de aproximadamente 3 quilômetros com meu cachorro a pé. Antes ia até a esquina de carro. Minha saúde (e barriga) agradecem. Outro fator muito importante é que com passeios freqüentes, o cachorro não cria aquela neurose de latir pra qualquer coisa, não fica com medo de barulhos diferentes, se acostuma a todos os tipos de estímulos externos sem traumas.
COMIDA – Bem, o seu peludo vai comer a ração que você fornecer e mais tudo que ele conseguir roubar, como as tiras do chinelo, o plástico que envolvia aquela carne, meias recentemente utilizadas, etc. Ok, é brincadeira, mas se transforma num assunto sério quando em exagero. Já vi um Bull Terrier (né, Nicolau?) que teve que fazer uma cirurgia e o veterinário tirou coisas inacreditáveis do estômago dele. Imagino que qualquer outra raça teria morrido nessas circunstâncias. Mas é vital uma ração de boa qualidade, assim como a quantidade certa descrita na embalagem. Às vezes nos assustamos com o preço de rações super premium, mas se compararmos custo / benefício veremos que vale a pena. Em primeiro lugar a quantidade utilizada é bem menor. Em segundo, você vai perceber a diferença na pelagem, na saúde e principalmente e mais perceptível, nas fezes, menores e com intervalos de tempo maiores. Isso ocorre porque o cachorro absorve melhor os nutrientes dessa linha de ração.
Não coloque alimento de gente misturado na ração, a não ser que o veterinário mande. Existem alimentos para o nosso consumo que os animais não conseguem digerir direito, causando aquelas fezes moles e problemas estomacais. Por exemplo, o chocolate tem uma substância altamente tóxica para cães. Tudo bem, conheço cachorro que come chocolate todo dia, por mais que eu peça para pararem de dar, e o cachorro continua por aqui. Um dia ele morre, do nada, simplesmente morre. Efeito final da tal toxina. Cebola também deve ser evitada.
DESCANSO – Um filhote precisa dormir em média 17 horas por dia. Após as brincadeiras o descanso é fundamental para o cão. Após longas caminhadas também. Devemos respeitar a hora do ronco dos cães, para nossa própria segurança. Os cães, diferente do que muita gente pensa, sonham. Normalmente esses sonhos são com caça e caçadores, presas, brincadeiras e coisas do dia-a-dia do animal. Já vi acontecer do cachorro dormir, provavelmente sonhar que estava sendo perseguido ou estava perseguindo algo, e o dono desavisado resolver incomodar o animal naquela hora. O dono tomou uma mordida que deu pena, mas não foi por maldade do cão, era como se o sonho estivesse acontecendo. Quantas vezes já vimos crianças fazerem xixi na cama por sonharem que estavam fazendo xixi. E comigo já aconteceu de um dia, quando pequena, meu pai me acordar atrasada para escola, batendo forte na porta. Na hora comecei a sonhar com guerra e as batidas se misturaram com metralhadoras. . . Perdi a hora, claro. Bem, o descanso do Totó faz parte de seu bem-estar e da sua saúde. Vamos deixá-los dormir o sono dos justos.
SUSTOS LEGAIS – Geralmente o peludo adora espantar pássaros ou qualquer outro ser miniaturizado que se manifeste de maneira esquisita quando chega correndo perto dele.
RECOMPENSA – Sempre que o seu cão fizer algo legal, recompense-o no momento exato. O cão não sabe o que é certo ou errado, mas sabe que se for recompensado é porque é a coisa certa a ser feita. Tudo que ele quer é agradar ao dono, apenas mostre a ele como fazer isso. Como? Carinho, petisco e demonstrações de afeto em geral. Eles adoram receber presentes desse tipo.
BUSCAR COISAS – Tudo que meu dono jogar, inclusive a roupa suja no cesto e as meias novas. É sério, depois que um cachorro aprende a buscar as coisas vocês terão diversão garantida por horas a fio. Bolinhas e brinquedos menores são geralmente os preferidos.
SER – Ser cuidado, ser tratado, ser alimentado, ser acompanhado, ser o cachorro dos seus sonhos, ser o centro das atenções. O animal adora ser e estar, participando de tudo que rola ao seu redor, fazendo parte da matilha (sim, humanos, somos a matilha). Essa é com certeza uma maneira de deixar o cão feliz, deixá-lo nos acompanhar nos eventos do dia-a-dia como levar as crianças pra escola, ir buscar, comprar o pão de manhã, levar nas atividades da família à tarde, etc.
ESTAR – Estando na companhia das pessoas que ele confia. . . Ele está feliz.
O que o faz muito mais feliz ? Ser tratado como cachorro, ou seja, um animal muito sociável, que faz parte de uma matilha – sua família – e precisa de uma hierarquia para entender as regras básicas de sobrevivência na sua casa. Quando ele define quem é o líder – faça o possível e o impossível para ser você, mas com justiça, não violência – a vida em família/matilha, fica super tranqüila.
Para entender o cachorro temos que tentar pensar como ele. Ele gosta de coisas diferentes de você, assim, respeite suas necessidades de cachorro, sua forma de pensar, de agir, de se alimentar. Quando você começa a entender o que seu cachorro espera de você, tudo fica mais fácil e gostoso.
O treinamento básico é fundamental para estimular e melhorar o relacionamento entre os donos e seus cães. Claro que sempre com a participação efetiva do dono. O treinamento com carinho, recompensa e participação do dono não tem como dar errado, e o cachorro fica super feliz de poder demonstrar pro dono que o entende e obedece. Acima de tudo ele o respeita por amor, não por medo. Depois de um treinamento básico vocês se entendem muito melhor, e o relacionamento fica cada dia mais gostoso. Vocês abrem uma linha de comunicação mútua, aumentando sempre a confiança de um no outro. Quando existir essa comunicação, tudo fica mais fácil.
Seja um dono justo para o seu cão. Quando você briga com ele por um motivo real, ele entende e não fica chateado com o dono. Ele descobre que errou e, se for repreendido da maneira correta, no momento certo, vai tentar acertar na próxima. Da mesma maneira, não esqueça de elogiar bastante sempre que possível. Isso fará de você o dono que ele espera, aceita, respeita e ama como líder.
Passeios, brincadeiras e exercícios devem fazer parte da rotina do animal. A rotina é outra coisa que para nós pode incomodar, mas para o seu cão significa a segurança que ele precisa. Uma rotina definida faz um cachorro feliz, e mudar a rotina é muitas vezes motivo de stress.
AMOR – Essa talvez seja a palavra-chave, a mais importante na vida de um cão. Ele nos dá o amor na sua forma mais pura. Se você for um dono responsável, carinhoso, justo e que transmite confiança ao seu animal, terá como retorno a forma mais linda e incondicional de amor, o amor de um cão, onde basta amar para ser amado. Nós da Lord Cão costumamos dizer que cachorro cansado é cachorro feliz. Curta ao máximo a companhia maravilhosa de um cão saudável e feliz. Assim você será feliz junto com ele.



Sheila Niski - especializada em comportamento canino.Tels. (11) 5096-1056 / 9195-0766mailto:niski@terra.com.br
Vida de cão...www.vidadecao.com.br

quinta-feira, 28 de junho de 2007

American Pit Bull Terrier

O termo "Bulldog" é conhecido desde o século XVI. Eram cães molossóides, extremamente rústicos, leais e destemidos utilizados principalmente no trabalho e na guarda de fazendas, pois enfrentavam sem problemas animais maiores, como os touros.
Estes cães, os antigos Bulldogs Ingleses (Pugnasses Britanniae) são os antepassados do Pit Bull que começou a ser desenvolvido no século XVII por pequenos agricultores, operários, e principalmente açougueiros que cruzaram este cão com Terriers, que são cães extremamente resistentes e destemidos, pois introduziam-se no terreno da presa, chegando a caçá-los dentro de suas tocas.
O objetivo era diminuir o tamanho do cão, conferindo-lhe mais agilidade sem prejuízo da força, tenacidade, resistência e ferocidade. Surgiu assim o "Bull and Terrier", criado originalmente para trabalho árduo nas fazendas.
Na época era comum na Inglaterra o Bull Baiting (luta de cães e touros) e o Bear Baiting (luta de cães com ursos), e foi nessas arenas que desenvolveu-se o Pit Bull, cães extremamente agressivos com outros animais, porém dóceis com pessoas e rigorosamente leais ao dono.
Na época selecionavam-se matrizes e padreadores considerando-se unicamente as seguintes características: a) docilidade com pessoas, pois o cão jamais poderia atacar o juiz nem qualquer pessoa na arena; b) a resistência física e determinação, pois o combate as vezes eram demorados; c) mordida pesada e resistência à dor, por motivos óbvios.
Daí a grande diversidade de tipos físicos do Pit Bull, as variações de pesos e tamanhos principalmente, recentemente é que começou a busca dos criadores pela homogeneidade física, conservando as demais características, substituindo a ferocidade pelo "gameness", visto que o Pit Bull é hoje em dia um cão atleta.
Em 1835 a Igreja, representada pelo Rev. Dr. Barry, força a criação do "Ato de Crueldade contra Animais", visto que nessas rinhas eram praticados atos de extrema crueldade com todos os animais envolvidos, sem exceção.
O Parlamento Britânico finalmente decreta ilegal a prática de Bull Baiting e Bear Baiting. Mas as rinhas entre cães continuaram, na clandestinidade...
Em meados de 1870 o Pit Bull desembarcou na América como o melhor guardião e cão de fazenda para trabalhar com gado. Ainda no século XVIII a UKC (United Kennel Club) reconheceu essa raça como "American Pit Bull Terrier". Em 1908 surge a ADBA (American Dog Breeders Association) que registrava exclusivamente o American Pit Bull Terrier, e em 1932 a AKC (American Kennel Club) começou a registrar alguns Pit Bulls como "American Staffordshire Terrier".
A rinha entre Pit Bulls continuou popular nos EUA até o fim dos anos 70. O Pit Bull passou a ser usado então em diversas modalidades de "game dog", revelando-se o melhor cão para isto. Começou a ser criado no Brasil com o objetivo de destacar-se no "game dog", sendo hoje também utilizados para guarda e companhia, e até em operações de busca e salvamento.
Infelizmente hoje no Brasil, o modismo e o efeito popular da criação, ou seja, cães criados por amadores ávidos por lucro imediato (alguns chegam a cruzar animais doentes ou mestiços) resulta em exemplares de má qualidade.
Assim, procure adquirir seu filhote num bom canil, preferindo pedigrees com árvore genealógica antiga. Se você procura um legítimo Pit Bull não se iluda com a "oportunidade" de comprar um cão barato. Exija contrato e garantia de saúde, pois o Pit Bull é o máximo que um cachorro pode ser.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

O 1º Foi o lobo




Os nossos cães têm como bisavô o lobo. Alguns cães atacam pessoas, os lobos não! Quem acredita no "Lobo Mau" pode acreditar também em chapeuzinho vermelho e nos três porquinhos. Nos últimos anos foi provado por muitos cientistas do mundo inteiro que as histórias do "Lobo Mau" foram inventadas.Podemos imaginar que um dia um homem peludo achou um filhotinho de um lobo e o levou para casa, talvez pensando em matá-lo mais tarde para enriquecer a refeição da tribo. Mas mulheres e crianças mimaram este bichinho, que acabou crescendo, e mais tarde defendeu a caverna dos animais selvagens. Assim ele escapou da panela.Outros antepassados acharam um lobinho e descobriram que ele podia ajudar a caçar os animais que serviam para sua alimentação. E assim começou a criação dos cães. Muito mais tarde foram criadas várias raças, conforme as necessidades dos homens. "Quer comer? - Vá trabalhar!" Esta lei passou a valer para humanos e caninos. Os cães todos tinham profissões para as quais foram criados e sustentados. O lobo é um animal tímido, que caça galinhas, ovelhas, vacas e cavalos, mas que nunca atacou um ser humano, a não ser em legítima defesa. O lobo não chega perto dos humanos. Antes disso ele põe o rabo entre as pernas e foge! O lobo habita o hemisfério norte. O lobo-guará não é um lobo! Ele não caça correndo. O lobo-guará é uma espécie de raposa que come animais menores, como galinhas, sapos etc. Ele tem as pernas longas para olhar por cima do capim alto dos campos onde vive. Mas dizem que ele é perigoso, e muitas pessoas acreditam que a sua pata traz sorte. Para ele com certeza não, pois este animal maravilhoso e elegante está em extinção!

O Estudo de comportamento animal na Homeopatia 2

O estudo de comportamento animal na Homeopatia 2
Há algum tempo venho me perguntando porque não se estuda comportamento animal neste curso. Será que isso é relevante diante das mais sérias patologias, daquelas lesões de pele maravilhosas, daquele sintoma raro, estranho e peculiar que nos remete, quase que imediatamente, àquele medicamento dito como "de fundo".
Será que isso basta?
Eu particularmente acho que não.
O Bem- Estar dos cães está intimamente relacionado ao conhecimento do comportamento de matilha, o que infelizmente não nos é ensinado em lugar algum. Acredito que seja responsabilidade do veterinário ter este conhecimento para poder transmiti-lo aos proprietários e orientá-los durante todo o desenvolvimento do animal.
Sem este conhecimento quanto tempo se perde tentando de todas as maneira achar o medicamento mais apropriado para o Totó, que resolveu de uma hora para outra ter vontade própria e morder o seu amado dono quando ele tenta dormir na sua própria cama. Quantas receitas ainda serão feitas de Lyc para alguns destes casos e de quanto será o nosso acerto? Sempre me pergunto se a homeopatia é mesma soberana. Será que o medicamento sozinho vai segurar este tipo de agressividade quando todas as atitudes que o dono é a de demonstrar que o cão é o líder da matilha? Será que só o medicamento adianta quando o dono deixa este animal fazer o que quer? Os cães em particular são mestres no que diz respeito fazer leitura corporal, sabem com antecedência se com a nossa chegada vem um afago ou uma bronca. Ele não sabe que fez coisa errada como todos dizem. Não são capazes de correlacionar as atitudes como nós, mas são hábeis como ninguém nessa leitura.
É interessante ter o conhecimento de que existem vários tipos de agressividade e de que elas podem requerer manejos e tratamentos totalmente diferentes. Sem o conhecimento prévio do comportamento normal para a espécie em questão a consulta se perde em devaneios. Ele é agressivo e ponto. Como então medicar? É agressivo porque o dono é um banana ou porque quando faz algo errado você lhe dá um tapa. Será que num caso de agressividade por medo o animal está realmente errado? Lógico que não, a não ser que ele demonstre agressividade por medo de situações ridículas. Aí sim, entra o nosso tratamento, a nossa busca pelo simillimum, a nossa vontade de prescrever com bom senso.
Um animal hiperativo, que vive confinado num apartamento e que passa o dia inteiro sozinho precisa de medicação ou de atividade física, de conTATO com o mundo lá fora?
Eu levei muito tempo correndo atrás de algumas destas respostas e delas surgiram várias outras... A minha vida profissional mudou quando entrei neste universo tão rico e tão simples. Quando aprendemos a nos comunicar com a espécie que estamos nos dispondo a tratar tudo é mais fácil e muito mais gostoso. Além dos resultados serem muito melhores.
Eu espero que se tenha vontade de modificar isso e que se entenda do quanto este conhecimento é necessário para se clinicar. Assim quem sabe, em breve, o Brasil consiga chegar próximo aos outros países no que diz respeito ao Bem –Estar de todos os envolvidos
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Dra. Fernanda PecoraroHomeopatia, Creche e Recreação para cães (day care), Orientações comportamentais.
fepecoraro@uol.com.br
R. Campos do Jordão, 47 CEP 05516-040F: 3722-4636

O estudo de comportamento animal na Homeopatia

O estudo de comportamento animal na Homeopatia
Há algum tempo venho me perguntando porque não se estuda comportamento animal em um curso de homeopatia. Será que isso é relevante diante das mais sérias patologias, daquelas lesões de pele maravilhosas, daquele sintoma raro, estranho e peculiar que nos remete, quase que imediatamente, àquele medicamento dito como "de fundo". Será que isso basta? Eu particularmente acho que não. O Bem- Estar dos animais está intimamente relacionado ao conhecimento do comportamento de matilha, o que infelizmente não nos é ensinado em lugar algum. Acredito que seja responsabilidade do veterinário ter este conhecimento para poder transmiti-lo aos proprietários e orientá-los durante todo o desenvolvimento do animal.
Sem este conhecimento como podemos explicar o comportamento de um macho, da espécie canina, que levanta a pata para urinar? Por que ele levanta a pata? Por que escolhe locais específicos? Por que ele urina aos poucos? Qual a função disso? Será que isso é sintoma?
Quando nós, profissionais desta área, compreendermos que este mecanismo é desencadeado por um estímulo sinalizador como o odor de urina deixado por outro animal (estímulo ambiental) ou pela distensão da bexiga. Que este comportamento aparece quando o animal atinge a maturidade sexual e observa os outros cães levantarem a pata para urinar. Que a função deste ato é a de demarcar o território e que a comunicação está por trás de tudo isso e é o fator mais importante. Fica fácil entendermos que a urina ali, naquele cantinho do sofá, quer dizer que "este espaço já tem dono!". Que isto é um padrão de comunicação dentro da espécie e que não podemos, de forma alguma, considerar como um sintoma ou um problema. Os proprietários não gostam e não entendem este mecanismo quando ele acontece em algum local inadequado para nós humanos, só aceitam quando ocorre em alguma árvore durante um passeio, por exemplo.
Porém, se nós tivermos conhecimento do comportamento, de como estes animais vivem em matilha, o que quer dizer "viver em matilha" e o que é ser dominante, podemos então, ir mais adiante...
Quando um cachorro é mimado, tem tudo do bom e do melhor, faz o que quer dentro de casa, manda e desmanda no dono, existe uma probabilidade altíssima dele começar a marcar território. Com isso ele quer dizer que é o líder, que ele manda e que este território é dele! Como inibir este comportamento? Sendo você (proprietário) o líder desta matilha!
Agora vamos para um outro comportamento que envolve o ato de urinar. O proprietário ao chegar em casa é recepcionado pelo cachorro, que faz a maior festa, urina e vira de barriga para cima: "Toda vez que eu chego em casa, ela urina por todo canto fazendo festa, é sempre assim". Podemos pensar numa cistite, em alguma falta de controle do esfíncter ou algo do gênero se formos leigos em comportamento. Por isso, é imprescindível o conhecimento prévio da vida em matilha como um todo. As nossas atitudes devem ser diferentes para cada caso. Neste último, o animal está urinando por submissão e não por dominância. Deve ser tratado com muito carinho e deve ser incentivado através de algumas técnicas, que não vem ao caso neste artigo, a ter mais confiança em si mesmo. A pior maneira de lidar com o problema é gritar com este cão ou dar uma surra nele. Se alguma vez ele fizer algo errado, a bronca não precisa ser uma BRONCA, mas uma bronquinha. O ato de urinar por medo passa a ser um sinalizador e quer dizer o oposto da 1ª situação. Ele já está mostrando sinais de submissão e, se você gritar, isso significará que a mensagem que ele transmitiu ainda não está clara. Isso o levará a urinar mais ainda ou a sair correndo...
Será que todos os veterinários estão aptos a diferenciar estas duas situações? Será que entender porque estes comportamentos ocorrem não é necessário mesmo para se clinicar? Quanto tempo o país ainda vai levar para dar valor ao comportamento? Infelizmente falta vontade e entendimento do quanto isso é importante para o Bem- Estar de todos nós
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Dra. Fernanda PecoraroHomeopatia, Creche e Recreação para cães (day care), Orientações comportamentais.
fepecoraro@uol.com.br
R. Campos do Jordão, 47 CEP 05516-040F: 3722-4636

Homeopatia Veterinária

A saúde do seu pet depende de você!A homeopatia identifica e trata a causa das doenças e não simplesmente alivia a dor de um mal. É a cura de dentro para fora, onde é equilibrado o organismo do animal, levando todos os órgãos a funcionar corretamente, gerando mais saúde para ele. A doença, no entanto, pode decorrer do convívio com os humanos. Ou seja, a maneira como os donos cuidam de seus amigos de estimação pode influenciar diretamente o aparecimento de doenças.Os medicamentos homeopáticos são feitos de plantas, animais e minerais. Como exemplo existe remédio de homeopatia que é feito de uma flor, outro que é feito através de uma barata (remédio para asma), abelha (reumatismo e doenças inflamatórias) e do reino mineral (ouro, platina, ferro).Segundo o médico veterinário homeopata Elias Carlos Zobby, as doenças têm início na mente. Ao chegar um animal em sua clínica, o primeiro a se fazer é conhecer a realidade em que ele vive, desde o seu ambiente e alimentação até os cuidados e atividades de lazer.Em se tratando de lazer, ou melhor, da falta dele, o veterinário salienta que o tédio é a causa principal das doenças de pele em animais. Ele também cita outras doenças como a úlcera gástrica que se origina do nervosismo e do estresse e as do fígado que podem surgir a partir de distúrbios afetivos profundos, como o ódio.Confira algumas dicas que podem diminuir as chances de seu pet ter uma doença:
-Dê uma função ao seu cão: brinque com ele e promova um desafio. A repetição é a melhor maneira dele assimilar o seu comando;
-A natureza da ave é voar livremente, porém se você tem uma em casa, coloque na sua gaiola brinquedinhos como escadas e poleiros. Isso pode livrá-la do tédio;
-Para os gatos, o melhor a fazer é deixá-los livres, de preferência à noite, pois diferentemente dos cães, eles têm um senso de direção incrível e sempre voltam para casa
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Dr. Elias Carlos ZobbyVeterinário

Os cães sonham?



Assim como as pessoas, os cães também precisam dormir. No período de sono, o cão pode descansar, e seu sistema imunológico funciona melhor. Com o sono regular, seu sistema nervoso e seu metabolismo funcionam bem, e seu corpo fica descansado.
As fases do sono
Os cães tem 2 fases do sono: superficial ou ondas cerebrais lentas; e movimento rapido dos olhos (REM). No estágio superficial, o cão fica quieto e alerta, tem uma respiração profunda e ritimada, sua pressão sanguínea, seu metabolismo e sua atividade cerebral diminuem. Nessa primeira fase, o cão pode acordar repentinamente devido a estímulos sensoriais. O estágio superficial dura de 10 a 20 minutos.
Na segunda fase, REM, as pálpebras do cão se movem, daí o nome “rápido movimento dos olhos”. A respiração nessa etapa [é mais irregular, rápida e superficial - às vezes o cachorro parece não estar respirando. Também ocorrem movimentos nas patas, músculos da face e orelhas.
Duração do sono
Os cães dormem em média 9 horas por dia, mas podem prolongar esse tempo se ficam muito sozinhos, sem a companhia do dono.
Os cães sonham?
De acordo com pesquisas de ondas cerebrais feitas em cães, a resposta é afirmativa. Foi constatado que algumas atividades cerebrais caninas durante o sono são semelhantes as de quando uma pessoa está sonhando. Assim, e quase certo que nosso melhor amigo também sonha! Os filhotes e os cães velhos sonham mais que os cães adultos.
O conteúdo dos seus sonhos ainda é um mistério. Uma idéia sobre isso é a maneira de se relacionar com o mundo: o homem usa mais a visão e a língua falada; ja o cão usa mais a audicão e o olfato. Assim, o sonho deles deve ser diferente do nosso…
Distúrbios do sono
Os cães podem ter alguns distúrbios de sono, como a apneia, que é uma parada respiratória devido a obstrução das vias respiratórias, que acontece mais no Boxer e Buldogue, devido aos seus focinhos achatados. Outra doença é a narcolepsia, na qual o cão repentinamente entra em sono profundo. Esse mal é mais comum no Dobermann, Labrador, Poodle, Beagle e Dachshund. Esses distúrbios são controlados por medicamentos.

Fonte: DogsPage

Ansiedade de separação em cães

Mauro Lantzman ®

Introdução

Ansiedade de separação é o conjunto de comportamentos exibidos por cães quando são deixados sós, sendo um dos problemas comportamentais mais comuns em cães. Os proprietários freqüentemente referem-se a estes animais como "rancorosos", "chateados", "raivosos", que agem com "despeito", "má vontade", mas este tipo de explicação não tem nenhuma base etológica. Como conseqüência, acabam punindo seus animais de modo incorreto e contribuindo para a manutenção ou aumento da freqüência do comportamento. O mais correto seria descrever este tipo de comportamento perturbado como resultado de uma resposta ao estresse pela separação da pessoa ou pessoas com quem o animal está ligado ou apegado. O comportamento de apego é essencial para a sobrevivência de animais sociais. É um mecanismo de coalizão social. A partir do nascimento o filhote forma ligações com a mãe e com os irmãos da ninhada. Posteriormente, com o início do período de sociabilização (2 a 4 meses de idade), o filhote irá se ligar a seus irmãos e a outros cães adultos. Com o cão isto pode incluir outras espécies com que tiver contato neste período. O período de sociabilização determina o tipo de relação social que um animal estabelecerá, bem como os processos de comunicação, coordenação, hierarquia e o tipo de relação que terá com seu proprietário. A ligação implica numa relação de confiança e é o fundamento do laço entre o proprietário e o animal de estimação. Porém, quando um cão fica dependente demais de seu proprietário poderá desenvolver alterações comportamentais associadas a separação. Poderão ser observados: defecação e micção em localizações impróprias, comportamentos destrutivos ( escavar, arranhar, morder objetos pessoais, móveis, paredes, portas e janelas), vocalizações excessivas (latidos, uivos e choramingos), depressão, anorexia e adipsia e hiperatividade. Porém é preciso deixar claro que, somente o levantamento do histórico comportamental e do contexto em que estes comportamentos ocorrem podem determinar um diagnóstico de ansiedade de separação.
Definições necessárias
Medo: sentimento de apreensão associado a presença ou proximidade de um objeto, indivíduo ou situação social de risco. O medo é parte do comportamento normal e pode ser uma resposta adaptativa. A determinação de até que ponto o medo ou respostas de medo são anormais ou inapropriadas deve ser feita pelo contexto em que ocorrem. O medo normal ou anormal são geralmente manifestações graduadas, com intensidade de resposta proporcional à proximidade ou percepção da proximidade do estímulo. Fobia: uma resposta súbita, tudo ou nada, profunda, anormal, que resulta num comportamento de medo extremo (catatonia, pânico). Muitas reações de medo são aprendidas e podem ser desaprendidas com exposições graduais. Fobias são definidas como reações de medo desenvolvidas rapidamente e profundamente e que não são extintas com exposições graduais. Uma vez o evento fóbico tenha sido experimentado, qualquer evento associado a ele ou a memória deste é suficiente para gerar a resposta. Ansiedade: uma antecipação apreensiva de um perigo futuro ou desgraça acompanhada por um sentimento de disforia e ou sintomas somáticos de tensão (vigilância e atenção, hiperatividade autonômica, manifestações fisiológicas, aumento da atividade motora e tensão)
Origem e Diagnóstico
A principal característica da ansiedade de separação é que os comportamentos indesejados estão claramente relacionados à ausência de um ou de todos os membros da família. Ocorre quando o animal não pode ter acesso ao proprietário. Mesmo que o animal esteja na companhia de outras pessoas ou animais, o comportamento pode vir a se manifestar por estar associado a ausência de uma pessoa em especial com quem o animal tem uma "ligação muito forte". Deve-se procurar fazer diagnóstico diferencial com outros distúrbios comportamentais e patológicos. Para isso é preciso obter-se a história comportamental detalhada do proprietário. O comportamento de ganir, latir e uivar no filhote pode ser considerado normal e é o resultado da separação da mãe, visando a reunião. Quando isto não ocorrer, o filhote fica deprimido, quieto e imóvel até o retorno da mãe. No caso de cães adultos este comportamentos podem se repetir, mas são considerados distúrbios devido às conseqüências. Cães com ansiedade de separação são muitas vezes obedientes e bem treinados quando estão na companhia do proprietário. A ansiedade de separação é então considerada como o resultado de um estresse pela ausência do proprietário. Eventos traumáticos na vida de um cão jovem podem aumentar a probabilidade do desenvolvimento de ansiedade de separação. Estes eventos incluem: separação precoce da mãe, privação prematura de laços com a ninhada (filhote de cães mantidos em lojas ou abrigos para animais), uma mudança súbita de ambiente (casa nova, ficar em um canil), uma mudança no estilo de vida do proprietário, resultando em um súbito término no contato constante com o animal, uma ausência de longo prazo ou permanente de um membro da família (divórcio, morte, crianças que crescem e deixam a casa, volta para a escola ou trabalho, férias que terminam) ou a adição de um novo membro na família (bebê recém-nascido, novo relacionamento social ou novo animal de estimação). O problema também pode ser o resultado de uma estadia prolongada ou traumática na casa de um parente ou amigo, em um canil ou hotel. A ansiedade de separação pode estar ainda associada a um evento traumático que possa ter ocorrido durante a ausência do proprietário (explosões, tempestade, assaltos violentos). Não há predisposição sexual ou por raça. Cães de rua recolhidos em canis de adoção têm predisposição a ansiedade de separação. Os cães com predisposição a ansiedade de separação são ansiosos, agitados e super ativos. Seguem o proprietário por todo lado, pulam em cima dele e correm sem parar.
Muitos cães podem sentir quando seu proprietário está para sair de casa e ficam ansiosos até mesmo antes de sua saída. Enquanto o proprietário se prepara para sair, o cão apresenta sinais de:
Aumento de atividade, choramingar, ganir, solicitar atenção, pular e seguir o proprietário onde quer que ele vá, tremer ou até mesmo fica agressivo quando o proprietário tenta partir; neste caso a agressão por dominância deve ser pesquisada;
Depressão, fica parado, deitado sem se mexer quando o proprietário chama ou tenta tirá-lo do lugar.
Depois de um tempo variável da saída do proprietário, os cães:
Arranham, cavam e mastigam as portas e janelas na tentativa de seguir seu proprietário;
Mastigam, arranham e cavam objetos domésticos ou pessoais (livros, móveis, fios, paredes, roupas);
Uurinam e defecam em localizações inaceitáveis, como na porta ou na cama do proprietário e vocalizam (choramingam, latem e uivam sem parar);
Ficam deprimidos e não comem ou bebem enquanto o proprietário não volta. Isto é especialmente prejudicial se o proprietário ficar fora por um longo período;
Sialorréia, tremor, dispnéia, taquicardia, diarréia, vômito ou auto-mutilação (morder e lamber patas e outras partes de seu próprio corpo).
A maioria dos cães afetados fica super excitado quando o proprietário retorna, saudando seu proprietário mais efusivamente do que o normal. Quando o proprietário retorna, o cão geralmente torna-se extremamente ativo e exagera suas saudações à chegada do proprietário.
Se o problema for recente e o animal não for de temperamento extremamente ansioso, o prognóstico será favorável. Já nos casos mais antigos de ansiedade, ou nos casos em que há associação com comportamentos de pânico, o prognóstico é reservado.
Diagnóstico diferencial
Um cão com comportamento destrutivo deve receber um diagnóstico diferencial. É preciso recolher a história comportamental, o foco do comportamento, o contexto e as circunstâncias nas quais o comportamento ocorreu. Deverão ser caracterizados o ambiente social e físico e a rotina diária (alimentação, higiene, brincar, exercício, dormir). A história comportamental irá informar também como ocorreu o processo de educação e adestramento, incluindo a forma como foi realizado o treino para as eliminações e como foram aplicadas as punições. Deve-se caracterizar a rotina dos habitantes da casa e a forma como se dão as interações, incluindo o sociograma. Os principais diagnósticos diferenciais devem ser feitos de acordo com o comportamento exibido: 1. Comportamentos associados a eliminação: Falta ou educação deficiente para eliminação. Falta de oportunidade de defecar e urinar em local apropriado Medo ou excitação Submissão, saudação e marcação Patologias (cistite, prostatite, gastroenterites). Cães idosos Agressividade por dominância ou territorial 2. Comportamento destrutivo Comportamento lúdico ou exploratório Mastigação de filhote Resposta de medo Reação a estímulos excitatórios Super atividade Agressividade por dominância ou territorial 3. Vocalização Reação a estímulos excitatórios (sonoros) Facilitação social Lúdico Agressão Respostas de medo O exame laboratorial deve incluir urinálise, coproparasitológico, hemograma, sorologia e hormônios da tireóide e glândula adrenal (hiperadrenocorticismo), na dependência da história e dos sintomas clínicos associados. É preciso pesquisar sintomas de dor. Para cães de mais de 8 anos está indicada a colonoscopia na dependência dos sintomas. Nos casos envolvendo animais com mais de 8 anos, os processos patológicos podem estar associados a disfunção cognitiva geriátrica canina. Esta patologia determina lesões comparáveis a Alzheimer humana, porém a causa não foi ainda estabelecida. Suas manifestações incluem, além dos comportamentos de ansiedade de separação, diminuição de obediência a comandos, irritabilidade, confusão, perda do condicionamento associado a eliminações e alteração no padrão de sono.
Intervenção
Antes de se iniciar qualquer protocolo de intervenção comportamental é preciso orientar o proprietário em como ocorre o aprendizado canino. O conhecimento que temos do processo cognitivo animal é o resultado da análise experimental do comportamento e estabelece relações funcionais entre as variáveis comportamentais e as variáveis ambientais e endógenas. Assim, quando se observa o comportamento de um animal, é preciso entender que ele foi o resultado da interação destas variáveis.
Se um determinado animal apresenta ansiedade de separação, o que está implícito é o resultado da relação da ausência do proprietário, o comportamento resultante e os estímulos conseqüentes (condicionamento). O comportamento foi portanto reforçado. Então é preciso identificar quais são os estímulos reforçadores. No caso da ansiedade de separação identificaremos estímulos antecedentes (sinais da saída do proprietário), respostas (após um tempo determinado da saída, o cão apresenta comportamentos inadequados tais como: destruição, eliminação inadequada, vocalização etc.) e no retorno do proprietário haverá estímulos conseqüentes (dar comida, fazer carinho), responsáveis pela probabilidade futura da emissão dessas respostas. É importante ressaltar que, seja qual for o comportamento do proprietário, se o comportamento indesejado se mantiver ou aumentar em freqüência, este estímulo será chamado de reforço positivo.
O proprietário deve ser alertado de que, uma vez iniciado o protocolo de modificação comportamental, ele deve se programar e se determinar a segui-lo passo a passo, evitando qualquer falha de procedimento. Parte da intervenção inclui a extinção do comportamento indesejado, isto é não deve haver mais a apresentação de reforço positivo após a emissão do comportamento anteriormente condicionado. Se o proprietário falhar poderá haver o retorno do comportamento e desta vez ainda mais difícil de ser extinto ou modificado. Por outro lado, pode haver estímulos conseqüentes ao próprio comportamento, então diremos que são estímulos auto-reforçadores. Pensando nisto deveremos assegurar que o animal tenha acesso somente a seus próprios objetos, brinquedos, e ossos. Ele não deverá ter mais acesso a objetos pessoais ou móveis. Se preciso, pode-se colocar uma chapa plástica nas paredes para evitar que ele as cavouque.
O princípio subjacente a toda técnica de intervenção para fobias, medos e ansiedades consiste em permitir que um animal experimente situações que elicitem medo e ansiedade sem que fique ansioso ou com medo. Para isso é preciso identificar quais são estes estímulos. Os métodos para tratar ansiedade de separação incluem: modificação da relação entre proprietário e seu animal de estimação, exercício físico, treino para obediência, modificação dos estímulos antecedentes e conseqüentes, prevenção e medicamentos ansiolíticos.
O sucesso do manejo da ansiedade de separação inclui ensinar o cão a tolerar a ausência do proprietário e corrigir os problemas associados a destruir, vocalizar, e eliminar em locais inadequados. O cão deverá adaptar-se gradualmente a ficar só através de exposição a pequenas partidas. Se a resposta ansiosa acontecer logo após a partida do proprietário (dentro de 30 minutos), o cão deverá permanecer sozinho, no princípio, durante intervalos muito pequenos (5 minutos) para assegurar o sucesso da intervenção. O período de ausência é então gradualmente aumentado. O proprietário deve evitar a interação enquanto o animal apresenta comportamentos ansiosos. Deve assegurar que o cão não se ocupe com saudações prolongadas no retorno do proprietário, gratificando ou premiando o animal somente quando este estiver tranqüilo e calmo. A intervenção pode ser iniciado com a dessensibilização às pistas ou sinais que indiquem ao cão a saída do proprietário. O animal deverá permanecer calmo enquanto o proprietário se movimenta. As pistas que antes informavam ao cão a futura saída (estímulos discriminativos antecedentes) serão expostas ao cão, mas não devem ser concluídas com a saída real do proprietário. Pode-se também fazer o contra condicionamento, para isso treina-se o cão a manter-se sentado e calmo enquanto o proprietário se movimenta, se afasta cada vez mais até chegar perto da porta. Posteriormente este treino é feito com ausências que serão gradualmente aumentadas. O proprietário se ausenta por tempos progressivamente maiores, mas não lineares (2, 5, 3, 6, 4, 8 minutos), e retorna antes que o cão manifeste comportamentos ansiosos. As partidas e retornos deverão evitar super estimular o cão. O cão não deverá receber gratificação ou atenção nas partidas e chegadas. Atenção excessiva anterior à partida e no retorno parece aumentar a ansiedade de separação. Pode-se condicionar o animal a associar a saída do proprietário com um retorno breve e seguro. A TV ou rádio podem permanecer ligados ou um brinquedo apropriado pode ser fornecido ao cão. Porém, é muito importante que a pista não seja um artigo associado a ansiedade. Estas sugestões ajudam o cão a associar positivamente o período de isolamento. Uma vez iniciado a intervenção, o cão não poderá ficar sozinho mais do que o tempo estipulado. É fundamental identificar se há componente de pânico associado; em caso positivo, deve-se tratar a condição, pois o pânico está associado a estímulos específicos e a ausência do proprietário é apenas a chave de onde parte o problema.
Medicamentos ansiolíticos auxiliam a suprimir a ansiedade de separação. São freqüentemente usados em cães com ansiedade de separação severa ou quando os proprietários têm que deixar o cão só por um período longo enquanto a intervenção está em andamento. Na maioria dos casos, fármacos não são uma solução e devem ser usados em combinação com um programa de modificação comportamental. A escolha do medicamento deve levar em conta o fato destes diminuírem a capacidade de aprendizagem e que seu efeito varia de acordo com o indivíduo. O ideal é que ansiolíticos sejam dados ao animal enquanto o proprietário está em casa, para se determinar a duração e os possíveis efeitos colaterais. Caso não sejam constatados efeitos colaterais, a droga deve ser dada uma hora antes da saída do proprietário. A diminuição da dose deve ser gradual e conforme avaliação do sucesso do programa de modificação comportamental. Os principais medicamentos utilizados são os antidepressivos tricíclicos, progestágenos, barbitúricos, fenotiazinas e benzodiazepínicos. O objetivo é reduzir a ansiedade sem induzir sedação, o que poderia interferir com a aprendizagem. Além disso é preciso considerar o estado clínico do animal antes de se ministrar o medicamento e os efeitos colaterais.
Em casos severos o proprietário pode ter também que executar um programa de dessensibilização da dependência do cão a uma pessoa, evitando contatos prolongados, impedindo que o animal durma no mesmo quarto ou na mesma cama que o proprietário. Ignorar o cão por um período de tempo não quebrará o laço afetivo com o proprietário, mas diminuirá a dependência extrema do cão, permitindo que ele tolere sua ausência sem ansiedade. Ignorar um animal de estimação pode ser difícil para o proprietário, mas é importante que ele entenda que isto resultará em uma relação muito mais saudável e feliz para ambos.
Castigos ou punições físicas só pioram a ansiedade, por isso não são recomendados como tratamento. A punição é um procedimento que visa suprimir rapidamente a freqüência de um comportamento por meio de um controle aversivo. Raramente o procedimento é aplicado com planejamento e conhecimento. As pessoas confundem punição com "castigo", sendo que o castigo aplicado muitas vezes só serve para aliviar a ira do proprietário contra um cão que fez algo inadequado. Como conseqüência há o desenvolvimento de comportamentos respondentes (medo/agressividade) diante do punidor. O uso da punição como estímulo aversivo deve ser feito com planejamento, de modo que a punição seja aplicada imediatamente após a ocorrência do comportamento a ser suprimido, o que é difícil pois, no caso de ansiedade de separação, tais comportamentos só ocorrem na ausência do proprietário.
Prevenção
Quando o proprietário inicia um relacionamento com seu animal de estimação de maneira muito intensa, afetiva, carinhosa e por muito tempo, mas sabe que esta disponibilidade irá mudar, deveria preparar gradualmente o cão para essas mudanças, evitando assim a ansiedade de separação. Se um filhote ou um cão novo é trazido para casa, é importante evitar situações que encorajem um apego excessivo. O cão deve ser acostumado lentamente a ficar. Isto pode ser realizado através do "treino da gaiola" (anexo1). Este tipo de exercício é especialmente útil quando se sabe que o proprietário irá se ausentar por longos períodos. Outra orientação deve alertar o proprietário a impedir que o cão o siga constantemente, ajustando-o gradualmente a estar só em casa por um longo período. Deve-se evitar estimular ou reforçar comportamento de brincar com outros objetos que não os brinquedos apropriados.
Todos os comportamentos que estimulem demasiadamente o cão devem ser evitados. Todo comportamento de chamar a atenção ou solicitar coisas ao proprietário não devem receber atenção. Os comportamentos tranqüilos e silenciosos devem ser reforçados. Após os 5 meses de idade o cão pode ser ensinado a sentar, ficar e esperar. Se o cão começar a morder objetos inadequados, o proprietário deverá evitar a interação, mas se for absolutamente necessário deve-se utilizar um spray de água imediatamente enquanto o animal morde o objeto (estímulo aversivo).
O exercício físico diário (passeio), deve durar no mínimo 20 minutos e oferece a oportunidade da interação tranqüila, calma, paciente e conseqüentemente gratificante. O passeio possibilita ainda a oportunidade de ensinar o cão a sentar, ficar e esperar.
Treino da gaiola para filhotes a partir de 45 dias de idade
Use um gaiola ou uma caixa de transporte com espaço suficiente para o filhote dar a volta. Acostume o filhote a ficar, dormir ou brincar neste espaço sem fechar a portinha. Após uma semana inicie o treino, deixando o filhote por curto espaço de tempo, fechado na casinha e sem contato visual com você.
Terminado o tempo estando o filhote calmo e relaxado, abra a porta e interaja com o cão de modo calmo. Vá progressivamente aumentando o espaço de tempo em que o animal fica fechado dentro da casinha até chegar a 1,5 horas.
Assegure-se que ele tenha evacuado e urinado antes de iniciar o exercício.
Não corra atrás do animal para pegá-lo.
O alimento deve ser fornecido 15 minutos depois de terminado o exercício.
Bibliografia
FUCHS, H.; WATANABE, O.M. I Curso de Comportamento Animal. 1997.
HART, B. L. ;HART, L.A. Canine and Feline Behavioral Therapy. Pennsylvania: Lea & Febiger, p. 56- 69, 1985.
LANDSBERG, G.; HUNTHAUSEN, W.; ACKERMAN, L. Handbook of behaviour problems of the dog and cat. Oxford: Butterworth-Heinemann, p.97 -106,1987
LINDELL, E.M. Diagnosis and treatment of destructive behavior in dogs. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice,v.27, (3),p. 533-547,1997.
LOMBARD-PLATET, VLV; WATANABE, OM; CASSETARI, L. Psicologia Experimental. Manual teórico e prático de analise do comportamento. São Paulo:Edicon,1998. OVERRAL, K.L. Clinical Behavioral Medicine for small animals. Missouri: Mosby, 1997.
VOITH, V.L.; BORCHELT, P.L. Separation Anxiety in Dogs. In: Readings in Companion Animal behavior. New Jersey
: VLS. p.124- 134, 1996.

Pit Bull novamente na berlinda por ser agressivo

Estes vídeos mostram o porquê de os American Pit Bull serem considerados cães assassinos.
Devo alertar os mais sensíveis, que estes vídeos são extremamente chocantes.


http://www.youtube.com/watch?v=m2OC5Z1Fii8

2 meses depois

http://www.youtube.com/watch?v=GB14-uwYXfA&NR=1


http://www.youtube.com/watch?v=91kNo4s8ARc

http://www.youtube.com/watch?v=wtglczOJtWg

terça-feira, 26 de junho de 2007

A comunicação dos cães

Comunicação

A comunicação é fundamental para formação e manutenção das relações sociais.
Todo comportamento social envolve comunicação, que é a transferência de informação de um animal para outro por meio de sinais que evoluíram para esta função. Admite-se que houve comunicação quando o comportamento de um animal altera a probabilidade de comportamento de outro animal.

Nos cães são 3 os métodos de comunicação:
Auditivo
Visual
Olfatório
Auditiva

Latido: Defesa, brincar, saudar, chamado solitário, chamado por atenção, avisar ou alertar para estranhos ou invasores, ou durante a caça para guiar o caçador.

Grunhido: saudação, sinal de contentamento.

Rosnado: Alerta ou aviso de defesa, sinal de ameaça, brincar.

Choramingo ou ganidos: Submissão, defesa, saudação, dor, busca de atenção
Uivar: para o lobo serve para reunir a matilha, quando sozinho para buscar a atenção e contato com a matilha, durante a estação de cruzamento. Nem todos os cães uivam, e o seu significado ainda não está claro. Em alguns casos talves esteja relacionado a busca de contato social seja com outros cães ou humanos. Porem em outras situações o cão uiva quando escuta musica ou violino, ou para o céu ou para a lua, nestes casos não existem explicações.

Visual

Cães que não foram muito modificados pela seleção artificial ainda exibem expressões corporais e/ou faciais que indicam o estatus de dominância, agressividade ou medo.
Algumas raças de cães foram modificadas geneticamente em sua morfologia ou sofreram mutilações que impedem a expressão do sinal visual. É o caso de cães de orelhas e pelos longos, com orelha e cauda cortadas, orelhas caídas.

Sinais de Alarme para agressividade

Seu animal jamais olhou “com cara feia “para você ?
Ele jamais teve um expressão dura no olhar ?
Você deixa de fazer determinadas coisas, porque eliciam rosnados ou mostrar os dentes ? Por exemplo: mexer na comida, tirar do sofá, passar por cima dele, tirar do lugar onde ele está dormindo ou deitado.
Você arruma desculpas para o comportamento agressivo dele ? Tipo: isso vai passar com a idade ?
Você acha que ele é seguro, exceto com determinadas pessoas e circunstâncias. (quando ele rosna para o veterinário você acha que isto é problema do veterinário. Você também ainda acha que é perfeitamente normal ele não gostar do profissional. ?
Ele já mordeu, pelo menos uma vez, por que foi um acidente, porque ele estava assustado, porque estava nervoso.
Você sempre diz: em geral ele é tão bonzinho, quando ele agride ou você
Posturas ou sinais de dominância

Filhotes
Perseguir os filhotes na ninhada.
Ficar de pé sobre o companheiro de ninhada.
Andar em círculos ao redor do companheiro de ninhada.
Ataque: pescoço e face

Cães com mais de 5 meses
Pilo-ereção
Mostrar os dentes
Encarar de frente
Empurrar com ombro ou coxa
Apoiar as patas de frente no dorso do companheiro, ou no colo do proprietário
Orelhas eretas ou completamente achatadas
Urinar sobre um outro cão ou pessoa

Estes estímulos provocam sinais de agressividade em seu cão?
Mexer com ele: ao acordar, passar perto da cama dele, mandar sair do lugar
Aproximar-se da comida, pessoa favorita, sua área de descanso mesmo que não se encontra nela
Estimulado por carinhos, carícias
Colocar ou tirar a guia
Ser encarado de frente
Ser reprimido
Ser escovado, cortar as unhas, banho e tosa
Encontro em passagens estreitas
Repressão física ou verbal
Ficar de pé ao lado ou sobre o animal

Em caso positivo, estes são sinais que seu cão apresenta comportamento agressivo e que deve ser avaliado por um consultor em comportamento animal. Somente ele poderá avaliar se seu cão pode ser reeducado ou se representa um perigo para você e sua família.

A seguir apresentamos algumas figuras retiradas dos livros:
Dog Language de Roger Abrantes
The Dog's Mind de Bruce Fogle

Nelas podemos observar inúmeros sinais comunicativos fundamentais ao estabelecimento e manutenção dos relacionamentos sociais

Olfatório

Odores corporais produzidos pelas glândulas, presentes mais frequetemente na região da cabeça e anus, na parte superior da base da cauda, e no períneo.



Como interpretar as atitudes de seu cão


Através dos séculos, os lobos desenvolveram um complexo sistema para se comunicarem, a linguagem corporal. Com certas posturas, expressões faciais e vocalização, eles se comunicam e se entendem.
Os cães domésticos herdaram esta prática de comunicação, e, através dela, se comunicam e se entendem também. Não espere por causa disso um comportamento típico dos lobos nos seus cães. Isso apenas reforça a tese de que grande parte do comportamento canino é instintiva, e caçar está nas suas origens.
Ao aprender esta linguagem, observando as posturas e expressões de seu amigo peludo, você estará a um passo de uma melhor comunicação com ele, melhorando ainda mais o seu relacionamento e mais próximo de descobrir e até solucionar problemas comportamentais.
Um dos meus objetivos ao escrever este artigo é conscientizar as pessoas do perigo que uma cauda balançando pode oferecer. Quantas vezes já ouvimos depois de um ataque: "Puxa, mas ele estava balançando o rabinho". Uma cauda que balança nem sempre é convite para um agrado ou brincadeira. Deve-se tomar cuidado e observar a maneira como o animal está mexendo a cauda e principalmente o conjunto, ou seja, seu corpo todo.
A seguir, conheça algumas atitudes e posturas típicas mais detalhadas que surgem antes de cada manifestação e, através da compreensão, seja o melhor amigo do seu cão.
SINAIS DE AGRESSIVIDADE:
As orelhas ficam postas para trás, sempre próximas da cabeça. O corpo fica tenso. Quando o cão quer parecer ameaçador, tenta parecer maior, e o faz com o corpo inteiro. O pêlo fica enrijecido no pescoço e ele toma uma posição altamente dominadora. A cauda fica aparente para cima ou em continuação ao corpo, nunca para baixo.
PRESTES A CAÇAR ALGUMA COISA:
Obs: a caça em questão pode ser um brinquedo, uma comida ou seu chinelo favorito.
As orelhas ficam em movimento, apontando para a frente. Os olhos ficam bem abertos, num alerta constante. A boca ligeiramente aberta e ofegante. Corpo tenso. Agachado numa posição predatória. Pernas curvadas, prontas para correr. Cauda reta ao longo do corpo ou um pouco mais acima.
DOMINANTE:
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, o cão dominante não é necessariamente o cão fisicamente maior, mas sim o mais justo e que possuiu uma liderança nata. Aquele que briga na hora certa mas recompensa quando tudo anda bem. Não raro encontramos cães pequenos dominando os maiores da mesma casa. As orelhas ficam bem eretas ou apontam para a frente. A cabeça fica bem alta e, quando perto de outros cães, tenta colocar a sua cabeça sobre a cabeça dos outros. Usa também as patas, colocando-a sobre as costas dos outros cães. Os olhos ficam bem abertos com olhar penetrante. A boca fechada ou ligeiramente aberta. Dentes à mostra. O corpo fica o mais alto possível, com os pêlos eriçados. A cauda fica colocada o mais alto possível, abanando rigidamente (nesse caso a cauda balança por uma causa não tão nobre). O som torna-se um rosnado agressivo ou um grunhido.
AMIGÁVEL:
Orelhas relaxadas. Olhos bem abertos com olhar alerta, mas não penetrante. Faz contato visual sem desafiar. A boca fica relaxada, semi-aberta e às vezes dando um "sorriso". O corpo fica na posição normal. Geralmente sacode o corpo todo da cabeça à cauda. A cauda fica visível para cima ou ao longo do corpo. Sim, ela balança nessa situação, porém percebe-se perfeitamente que o balançar amigável é gostoso, relaxado, e vai de um lado pro outro o mais aberto possível. O som pode ser um lamento ou um latido alto e curto.
SUBMISSO:
As orelhas ficam abaixadas, quase coladas na cabeça. Os olhos ficam quase fechados e evitam o romântico "olhos nos olhos". O corpo fica deitado, aceitando a dominância de outros cães. As patas da frente podem dar soquinhos pedindo carinho e às vezes levanta a parte de trás para brincar. Pode deixar escapar a urina. A cauda fica baixa. Não emite som nenhum, mas às vezes pode soltar uns grunhidos baixos se tiver medo.
Bem, o mais importante é conhecer bem o seu cachorro e, a partir destas dicas, comunicar-se com ele de uma maneira mais eficaz. Lembre-se, é muito mais fácil nós aprendermos e usarmos a linguagem deles do que eles a nossa.
Cada dia mais acho que vale a pena investir nesse relacionamento. Isso significa "pagar micos" no começo, estranhos, mas depois compensadores. Converse com seu cão, agradeça a cada comando respeitado, abra seu coração para ele. Pode até confessar algumas coisas, já que com certeza ele não vai contar pra ninguém, afinal, ele é seu melhor amigo, não?
Veja também:
(clique no link a vermelho)
Hierarquia: a causa da briga entre cães
Cães que latem demais: como resolver
Agressividade: conheça as causas
Sheila Niski - especializada em comportamento canino.Tels. (11) 5096-1056 / 9195-0766niski@terra.com.br
Vida de cão...www.vidadecao.com.br

SINAIS DE AGRESSIVIDADE:


As orelhas ficam postas para trás, sempre próximas da cabeça.
O corpo fica tenso.
Quando o cão quer parecer ameaçador, tenta parecer maior, e o faz com o corpo inteiro.
O pêlo fica enrijecido no pescoço e ele toma uma posição altamente dominadora.
A cauda fica aparente para cima ou em continuação ao corpo, nunca para baixo.

COMPORTAMENTO CANINO
Os cães tem sexto sentido

Caso você tenha alguma dúvida, pergunta, sugestão ou matéria, envie um email para nós.
pesquisa@peterwhite.com.br
Como se explica alguns comportamentos nos animais? Do que eles sofrem ou porque reagem inesperadamente à determinadas situações? Existe uma “psicologia” voltada para o mundo canino? Como se interpreta a linguagem dos animais?Seja por uma busca de respostas ou pela simples curiosidade é que disponibilizamos este tema para a divulgação de artigos e pesquisa.
(clicar em cima para resposta)

Mastigação Destrutiva
Ansiedade De Separação
Mordidas: Causas, prevenção e controle.
Agressão - Conhecendo os sinais deste problema sério de comportamento.
A inteligência dos cães
Brigas entre cães... na mesma casa
Coprofagia - Por que o cão come fezes?

O estudo de comportamento animal na Homeopatia

O estudo de comportamento animal na Homeopatia

Há algum tempo venho me perguntando porque não se estuda comportamento animal em um curso de homeopatia. Será que isso é relevante diante das mais sérias patologias, daquelas lesões de pele maravilhosas, daquele sintoma raro, estranho e peculiar que nos remete, quase que imediatamente, àquele medicamento dito como "de fundo". Será que isso basta? Eu particularmente acho que não. O Bem- Estar dos animais está intimamente relacionado ao conhecimento do comportamento de matilha, o que infelizmente não nos é ensinado em lugar algum. Acredito que seja responsabilidade do veterinário ter este conhecimento para poder transmiti-lo aos proprietários e orientá-los durante todo o desenvolvimento do animal.
Sem este conhecimento como podemos explicar o comportamento de um macho, da espécie canina, que levanta a pata para urinar? Por que ele levanta a pata? Por que escolhe locais específicos? Por que ele urina aos poucos? Qual a função disso? Será que isso é sintoma?
Quando nós, profissionais desta área, compreendermos que este mecanismo é desencadeado por um estímulo sinalizador como o odor de urina deixado por outro animal (estímulo ambiental) ou pela distensão da bexiga. Que este comportamento aparece quando o animal atinge a maturidade sexual e observa os outros cães levantarem a pata para urinar. Que a função deste ato é a de demarcar o território e que a comunicação está por trás de tudo isso e é o fator mais importante. Fica fácil entendermos que a urina ali, naquele cantinho do sofá, quer dizer que "este espaço já tem dono!". Que isto é um padrão de comunicação dentro da espécie e que não podemos, de forma alguma, considerar como um sintoma ou um problema. Os proprietários não gostam e não entendem este mecanismo quando ele acontece em algum local inadequado para nós humanos, só aceitam quando ocorre em alguma árvore durante um passeio, por exemplo.
Porém, se nós tivermos conhecimento do comportamento, de como estes animais vivem em matilha, o que quer dizer "viver em matilha" e o que é ser dominante, podemos então, ir mais adiante...
Quando um cachorro é mimado, tem tudo do bom e do melhor, faz o que quer dentro de casa, manda e desmanda no dono, existe uma probabilidade altíssima dele começar a marcar território. Com isso ele quer dizer que é o líder, que ele manda e que este território é dele! Como inibir este comportamento? Sendo você (proprietário) o líder desta matilha!
Agora vamos para um outro comportamento que envolve o ato de urinar. O proprietário ao chegar em casa é recepcionado pelo cachorro, que faz a maior festa, urina e vira de barriga para cima: "Toda vez que eu chego em casa, ela urina por todo canto fazendo festa, é sempre assim". Podemos pensar numa cistite, em alguma falta de controle do esfíncter ou algo do gênero se formos leigos em comportamento. Por isso, é imprescindível o conhecimento prévio da vida em matilha como um todo. As nossas atitudes devem ser diferentes para cada caso. Neste último, o animal está urinando por submissão e não por dominância. Deve ser tratado com muito carinho e deve ser incentivado através de algumas técnicas, que não vem ao caso neste artigo, a ter mais confiança em si mesmo. A pior maneira de lidar com o problema é gritar com este cão ou dar uma surra nele. Se alguma vez ele fizer algo errado, a bronca não precisa ser uma BRONCA, mas uma bronquinha. O ato de urinar por medo passa a ser um sinalizador e quer dizer o oposto da 1ª situação. Ele já está mostrando sinais de submissão e, se você gritar, isso significará que a mensagem que ele transmitiu ainda não está clara. Isso o levará a urinar mais ainda ou a sair correndo...
Será que todos os veterinários estão aptos a diferenciar estas duas situações? Será que entender porque estes comportamentos ocorrem não é necessário mesmo para se clinicar? Quanto tempo o país ainda vai levar para dar valor ao comportamento? Infelizmente falta vontade e entendimento do quanto isso é importante para o Bem- Estar de todos nós!

Dra. Fernanda PecoraroHomeopatia, Creche e Recreação para cães (day care),

Orientações comportamentais.fepecoraro@uol.com.br
R. Campos do Jordão, 47 CEP 05516-040F: 3722-4636